
- Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!
- Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo!
- Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo!
A condenação de Jesus à morte é o evento que sintetiza a obstinação de Israel, que há tempos o tinha levado a não reconhecer e acolher os sinais libertadores de Deus: Nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis grandes feitos, logo esqueceram vosso amor prodigioso (Sl 105,7), nos diz o salmista . Diante de Jesus, o sinal definitivo dado por Deus, a atitude não foi diferente. O próprio Jesus tinha dito: no dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior que Jonas (Lc 11, 32).
E agora, esse não reconhecimento da gratuidade de Deus em favor de seu povo chega ao seu ponto máximo: Jesus é condenado à morte. Israel fora convidado a escolher a vida (cf. Dt 30,19). No entanto, escolhe a morte, entregando à morte o autor da vida.
Essa opção pela morte se apresenta motivada por causas justas: Não temos outro rei senão César! (Jo 19, 15c). E por causas justas se condena o Justo. Afinal, não foi para preservar o culto, as relações com o império que Israel pede a condenação de Jesus?
A condenação de Jesus é expressão máxima da consequência do pecado humano, que consiste em um grande não a Deus. Um não que obscure o que é o bem, o que é a verdade.
Essa obstinação causada pelo pecado persiste hoje na Igreja, condenando muitos justos à morte. Quantas palavras caluniosas, quanta condenação ao Santo Padre e aos bispos que preservam a ortodoxia da fé, por parte dos próprios filhos da Igreja! Quanta cerviz dura em não reconhecer neles a Palavra que vem do Alto: Fora! Fora! Crucifica-os! (cf. Jo 19, 14), esses doutos cristãos gritam. E muitas vezes, como o judeus, esse não conhecimento se justifica com argumentos aparentemente lícitos como a defesa da vida e do diálogo com o mundo. No entanto, esses pérfidos filhos da Igreja não têm outro rei a não ser a sua auto-suficiência.
Oração: Senhor Jesus, o fechamento que outrora levou o povo da Antiga Aliança a não te reconhecer e a te condenar à morte, rodeia, como um leão a rugir, o nosso coração. Pela força do teu Santo Espírito, abre-nos o coração para enxergar sempre com os olhos da fé os teus sinais presentes na tua Palavra, na Liturgia, e nos ensinamento daqueles a quem confiaste o governo da tua Igreja. Ao acolher esses sinais, livra-nos de condenar o justo que prega a Verdade. Ajuda-nos, enfim, a optar sempre pela Vida, e repletos dela, caminhar ao teu encontro na Eternidade. Amém.
- Pai-Nosso...
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