sexta-feira, 20 de março de 2009

Eu vi a cidade - V


Apocalipse 21,1ss; 22,1-5

A Igreja de Cristo na glória, motivo de tanto esperar, no-la mostra o apóstolo amado, qual lhe foi dado contemplar, na visão do Apocalipse.
Dá-se uma nova gênesis. Deus faz nova todas as coisas.
A nova Jerusalém é a Igreja triunfante, a união de Deus com o seu povo, o reino de Deus perfeito como fora no paraíso.
A cidade é a esposa do cordeiro, pois a Igreja se une a Cristo, e Cristo nela se completa.
O modelo da cidade – alta, grande, firme, segura – bem representa a unidade da Igreja.
É uma cidade ampla, ilimitada (pois tem mil vezes doze em cada face), por todas as direções abertas, acessível – portanto, universal.
É a Igreja de Cristo que tem por fundamento os doze apóstolos do cordeiro.
Nas doze portas, com os nomes das doze tribos dos filhos de Israel, reconhecemos a continuidade da mesma Igreja – o povo de Deus através do tempo – entre o Antigo e o Novo Testamento.
A forma quadrangular, a proporção da partes, a medida igual das dimensões, o material puro e precioso, tudo simboliza a beleza, a perfeição e a santidade da Igreja, pois “nela nada entra impuro, mas somente os que estão escritos no livro da vida do cordeiro”.
Os limites do muro denotam ser humana a Igreja de Cristo.
A nova Jerusalém é o novo paraíso – mais belo, mais precioso, mais perfeito – o verdadeiro paraíso.
Estão banidos todos os males e possibilidades do mal. A felicidade é completa e não se perderá jamais.
A imortalidade está garantida. Há livre acesso à fonte das águas vivas. O próprio cordeiro é a árvore da vida.
Nos que habitam a cidade, há perfeita harmonia – união das vontades com a vontade de Deus. Eles gozam e reinam, e sabem que servir a Deus é reinar.
A cidade santa é morada de Deus juntamente com os homens. Nela habitam os homens juntamente com Deus.
Na visão de Deus face a face consiste a suprema felicidade.
A sombra cede ao esplendor. Cessa a fé e a esperança e toda a imperfeição do culto. E tudo que há mais nobre e grande, tem livre e pleno acesso a Deus.
É tudo luz, brilho, claridade. Tudo é posse, gozo, recompensa.
Vem de Deus o ser e a graça, a vida e a santidade. Criou tudo para si; tudo em si já consumou.
Tudo está cumprido. Todas as promessas realizadas. O homem é filho de Deus.

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