A Criação existe para que haja lugar para a Aliança que Deus quer concluir, entre Ele e o Homem. A finalidade da Criação é a Aliança, a história de amor entre Deus e Homem. A liberdade e a igualdade dos Homens, que o Shabbat deveria gerar, não são visões puramente antropológicas ou sociológicas; elas só são concebíveis teologicamente: o Homem só será livre quando estiver na Aliança com Deus, só aí é que surge a igualdade e dignidade de todos. Então, se tudo depende da Aliança, é preciso vê-la como uma relação: é um Deus a oferecer-se ao Homem, mas é também uma resposta do Homem a Deus. A resposta do Homem a um Deus que é bom para ele é Amor, e amar Deus significa adorá-lo. Se a Criação é entendida como um lugar da aliança, como o local do encontro entre Deus e Homem, então ela é pensada como um espaço de adoração.
Joseph Ratzinger, Introdução ao Espírito da Liturgia, São Paulo, p. 18.
Joseph Ratzinger, Introdução ao Espírito da Liturgia, São Paulo, p. 18.