
E Ele disse: “se alguém me quiser seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Pois aquele que quiser salvar a vida vai perdê-la, mas quem perder e vida por amor de mim e pela causa do evangelho há de salvá-la” (Mc 8, 34-35). Mas, Ele disse também: “vinde a mim todos vós, fatigados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre os ombros meu jugo e aprendei e mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para vossas almas. Pois meu jugo é suave e meu peso é leve”. (Mt 11, 28-30).
Ser cristão não significa apenas está enquadrado num sistema puramente moralista, e por isso seco e quase sem vida. Sê-lo requer, sobretudo, a descoberta e a atividade da dimensão mais nobre do ser humano, que o torna ser existente, plenamente homem. Falamos da dimensão espiritual. Esta, intrínseca substancialmente a todo homem, é descoberta quando optamos pela vida de verdade, sem confundi-la com simples ausência da morte. Vida no seu sentido pleno. E só assim estaremos certos de nossa própria existência. Teremos a certeza de estarmos no caminho que Nosso Criador, Príncipio e Fim de tudo, quer que estejamos. E Nosso Senhor disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14, 6). Ser cristão, além de ultrapassar a dimensão fisico-moral descobrindo a dimensão espiritual, é buscar, pela amizade com Cristo, a Ele se identificar. Nessa identificação desejamos segui-lo e, seguindo-o, nos deparamos com uma dor nunca vista ou sentida antes, a renúncia a nós mesmos. E isso dói! “E no silêncio da noite ouço meus gritos”. Eis a nossa cruz, eis a nossa dor! Eis a lembrança de Cristo no caminho do calvário! “Eis a identificação da minha agonia na agonia Dele”! “E isso me consola”. Na dor da cruz experimentamos, pela esperança, o sabor da não-dor, da felicidade perfeita e eterna. E isso é bom! E essa esperança, que é dom, é também comunhão na agonia de Cristo, que se esvaziou a si mesmo e se tornou obediente até a morte. Afinal, é na esperança que fomos salvos! Mas, como encontrar o dom da esperança? Por ser um dom ela é inesperada e imerecida. Deve brotar do nada, inteiramente livre. Por isso, para encontrá-la devemos descer ao nada. Segundo o monge cisterciense Thomas Merton, encontramos a esperança de modo mais perfeito quando estamos despojados de nossa autoconfiança, de nossa força, quando praticamente não mais existimos. Buscando a esperança assim, fazemos jus ao que disse Cristo: aquele que quiser salvar a vida vai perdê-la, mas quem perder e vida por amor de mim e pela causa do evangelho há de salvá-la.
Enfim, ser Cristão é se reconhecer e se aceitar como pessoa e, sobretudo, como afirma Merton, acreditar na afirmação mais paradoxal e ao mesmo tempo mais original e característica do cristianismo, de que na ressurreição de Cristo dentre os mortos, o ser humano venceu completamente a morte e que em Cristo os mortos vão ressurgir para gozar a vida eterna. Esta vida nova no reino de Deus não será uma herança recebida apenas de forma passiva, mas será, de certo modo, fruto de nossa agonia e esforço, amor e orações em união com o Espírito Santo. E lembremo-nos sempre: cristianismo sem crença nesta afirmativa escatológica fabulosa não passa de um mero sistema moral cheio de normas, sem grande consistência espiritual.
Ser cristão não significa apenas está enquadrado num sistema puramente moralista, e por isso seco e quase sem vida. Sê-lo requer, sobretudo, a descoberta e a atividade da dimensão mais nobre do ser humano, que o torna ser existente, plenamente homem. Falamos da dimensão espiritual. Esta, intrínseca substancialmente a todo homem, é descoberta quando optamos pela vida de verdade, sem confundi-la com simples ausência da morte. Vida no seu sentido pleno. E só assim estaremos certos de nossa própria existência. Teremos a certeza de estarmos no caminho que Nosso Criador, Príncipio e Fim de tudo, quer que estejamos. E Nosso Senhor disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14, 6). Ser cristão, além de ultrapassar a dimensão fisico-moral descobrindo a dimensão espiritual, é buscar, pela amizade com Cristo, a Ele se identificar. Nessa identificação desejamos segui-lo e, seguindo-o, nos deparamos com uma dor nunca vista ou sentida antes, a renúncia a nós mesmos. E isso dói! “E no silêncio da noite ouço meus gritos”. Eis a nossa cruz, eis a nossa dor! Eis a lembrança de Cristo no caminho do calvário! “Eis a identificação da minha agonia na agonia Dele”! “E isso me consola”. Na dor da cruz experimentamos, pela esperança, o sabor da não-dor, da felicidade perfeita e eterna. E isso é bom! E essa esperança, que é dom, é também comunhão na agonia de Cristo, que se esvaziou a si mesmo e se tornou obediente até a morte. Afinal, é na esperança que fomos salvos! Mas, como encontrar o dom da esperança? Por ser um dom ela é inesperada e imerecida. Deve brotar do nada, inteiramente livre. Por isso, para encontrá-la devemos descer ao nada. Segundo o monge cisterciense Thomas Merton, encontramos a esperança de modo mais perfeito quando estamos despojados de nossa autoconfiança, de nossa força, quando praticamente não mais existimos. Buscando a esperança assim, fazemos jus ao que disse Cristo: aquele que quiser salvar a vida vai perdê-la, mas quem perder e vida por amor de mim e pela causa do evangelho há de salvá-la.
Enfim, ser Cristão é se reconhecer e se aceitar como pessoa e, sobretudo, como afirma Merton, acreditar na afirmação mais paradoxal e ao mesmo tempo mais original e característica do cristianismo, de que na ressurreição de Cristo dentre os mortos, o ser humano venceu completamente a morte e que em Cristo os mortos vão ressurgir para gozar a vida eterna. Esta vida nova no reino de Deus não será uma herança recebida apenas de forma passiva, mas será, de certo modo, fruto de nossa agonia e esforço, amor e orações em união com o Espírito Santo. E lembremo-nos sempre: cristianismo sem crença nesta afirmativa escatológica fabulosa não passa de um mero sistema moral cheio de normas, sem grande consistência espiritual.
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