
Capítulo VII do livro "Na Liberdade da Solidão" de Thomas Merton
Um Cristão é alguém que vive inteiramente fora de si mesmo e em Cristo - vive na fé de sua Redenção, no amor a seu Redentor que nos amou e por nós morreu. Vive, acima de tudo, na esperança do mundo vindouro.
A esperança é o segredo do verdadeiro ascetismo. Nega nossos juízos próprios e nossos desejos e rejeita o mundo no seu estado atual, não porque nós ou o mundo somos maus, mas porque não estamos em condições de utilizar do melhor modo nossa própria bondade ou a do mundo. Mas nos alegramos na esperança. Gozamos das coisas criadas, na esperança. Saboreamo-las, não como são em si mesmas, mas como são em Cristo – cheias de promessas. Pois a bondade das coisas é um testemunho da bondade de Deus, e a bondade dele é a garantia de sua fidelidade às suas promessas. Prometeu-nos um novo céu e uma nova terra, uma vida ressuscitada em Cristo. Toda renúncia que não se prende e essa promessa está abaixo do nível de cristão.
Meu Senhor, não tenho esperança senão em tua cruz. Tu, por tua humildade, sofrimentos e morte me libertaste de toda esperança vã. Mataste a vaidade da vida presente – em tua pessoa – e deste-me tudo que é eterno, ressuscitando dos mortos.
Por que hei de querer ser rico, quando tu foste pobre? Por que hei de desejar ser célebre e possuir o poder para ser visto pelos homens, quando os filhos dos que exaltaram os falsos profetas e lapidaram os verdadeiros te rejeitaram e te pregaram numa cruz? Por que hei de acariciar em meu coração uma esperança que me devora – a esperança de uma felicidade perfeita nesta vida – quando essa esperança, fadada à frustração, nada mais é do que desespero?
Minha esperança está no que os olhos nunca viram. Portanto, não me deixes confiar nas recompensas visíveis. Minha esperança está naquilo que o coração não pode sentir. Não permitais, portanto, que eu confie nos sentimentos do meu coração. Minha esperança está naquilo em que a mão do homem jamais tocou. Não permitais que eu confie no que posso segurar entre os dedos. A morte há de abrir-me a mão e minha vã esperança escapará.
Deixa que minha confiança se apóie eu Tua misericórdia, e não em mim. Deixa-me colocar minha esperança em Teu amor, não na fortaleza ou na saúde ou na habilidade ou nos recursos humanos.
Se confiar em ti, tudo o mais se tornará para mim fortaleza, saúde, apoio. Tudo me conduzirá ao céu. Se eu não confiar em ti, tudo concorrerá para minha destruição.
A esperança é o segredo do verdadeiro ascetismo. Nega nossos juízos próprios e nossos desejos e rejeita o mundo no seu estado atual, não porque nós ou o mundo somos maus, mas porque não estamos em condições de utilizar do melhor modo nossa própria bondade ou a do mundo. Mas nos alegramos na esperança. Gozamos das coisas criadas, na esperança. Saboreamo-las, não como são em si mesmas, mas como são em Cristo – cheias de promessas. Pois a bondade das coisas é um testemunho da bondade de Deus, e a bondade dele é a garantia de sua fidelidade às suas promessas. Prometeu-nos um novo céu e uma nova terra, uma vida ressuscitada em Cristo. Toda renúncia que não se prende e essa promessa está abaixo do nível de cristão.
Meu Senhor, não tenho esperança senão em tua cruz. Tu, por tua humildade, sofrimentos e morte me libertaste de toda esperança vã. Mataste a vaidade da vida presente – em tua pessoa – e deste-me tudo que é eterno, ressuscitando dos mortos.
Por que hei de querer ser rico, quando tu foste pobre? Por que hei de desejar ser célebre e possuir o poder para ser visto pelos homens, quando os filhos dos que exaltaram os falsos profetas e lapidaram os verdadeiros te rejeitaram e te pregaram numa cruz? Por que hei de acariciar em meu coração uma esperança que me devora – a esperança de uma felicidade perfeita nesta vida – quando essa esperança, fadada à frustração, nada mais é do que desespero?
Minha esperança está no que os olhos nunca viram. Portanto, não me deixes confiar nas recompensas visíveis. Minha esperança está naquilo que o coração não pode sentir. Não permitais, portanto, que eu confie nos sentimentos do meu coração. Minha esperança está naquilo em que a mão do homem jamais tocou. Não permitais que eu confie no que posso segurar entre os dedos. A morte há de abrir-me a mão e minha vã esperança escapará.
Deixa que minha confiança se apóie eu Tua misericórdia, e não em mim. Deixa-me colocar minha esperança em Teu amor, não na fortaleza ou na saúde ou na habilidade ou nos recursos humanos.
Se confiar em ti, tudo o mais se tornará para mim fortaleza, saúde, apoio. Tudo me conduzirá ao céu. Se eu não confiar em ti, tudo concorrerá para minha destruição.
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