sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ai de mim se não pregar o Evangeho - V Domingo do Tempo Comum

Hoje a sagrada Liturgia nos interpela, mediante a palavra de Deus que muitas vezes nos enche de vida, mas também nos inquieta pelo fato de contradizer nossos pensamentos e palavras, a olharmos para nós mesmos nos colocando diante de Deus à luz do Santo Evangelho e, assim, percebermos nosso modo de ser cristãos no que diz respeito ao anúncio do Evangelho de Cristo. E Ele disse: “ide por todo o mundo e anunciai a Boa Nova”. Que é nossa missão evangelizar, já o sabemos.
E o apóstolo disse: “anunciar o Evangelho não é um título de glória para mim; é, antes, necessidade que se me impõe” (1Cor 9,16). Eis, caríssimos, o primeiro passo para sabermos se estamos anunciando o que se deve: reconhecer que a boa nova não é nossa, mas de Cristo. Do contrário, se não tivermos consciência disso, agiremos como verdadeiros mercenários. E assim, a última coisa que iremos fazer é anunciar Cristo, ao passo que, anunciaremos a nós mesmos cheios de palavras e atos vazios, sem dar testemunho de verdade mergulhando-nos cada vez mais num vazio e, assim, cultivando ilusões em nossos corações. Puras ilusões. Por isso, é necessário que tenhamos consciência, irmãos, de que a glória não deve ser nossa, mas de Cristo que se entregou por nossos pecados. Não mudemos o Evangelho de Cristo. Não procuremos agradar aos homens a fim de nos beneficiar, mas a Deus para chegarmos, um dia, ao convívio dos eleitos na eternidade. Não foi de homens que recebemos a Boa Nova, mas de Cristo por revelação.
Levar a boa nova aos outros é, antes de tudo, Tê-la conosco. Não podemos oferecer o que não temos. Nesse sentido, ter a Boa Nova é experimentá-lo no próprio Cristo pela fé, amor e animados pela Esperança de que por Ele fomos salvos. Todo anúncio de Cristo deve ser fruto de uma experiência profunda com Ele e do esvaziamento de nós mesmos, para que Ele seja em nós e nós sejamos um com Ele. Dessa forma, estaremos certos de não haver em nós lacunas que possam ser preenchidas por alguma espécie de doutrina estranha ou ideologia de pessoas isoladas.
Irmãos, entreguemo-nos à causa do Santo Evangelho. Demos, a exemplo dos Santos mártires, testemunho do Verbo de Deus. Glorifiquemos ao Senhor com nossas vidas a fim de nos levar e, também, a todos quantos nos odeiam. A exemplo do apóstolo Paulo, pela causa do Evangelho, façamo-nos fracos para ganharmos os fracos. Tornemo-nos tudo para todos a fim de salvarmos alguns a todo custo (cf. Cor 9,22).

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