sexta-feira, 3 de julho de 2009

Festa de São Tomé


São Tomé era um dos doze apóstolos de Jesus. Segundo uma tradição, ele evangelizou os povos da Índia. A Igreja celebra a sua festa desde o século VI.
Na Primeira Leitura (Ef 2,19-22), a Palavra de Deus nos fala do fundamento sobre o qual está edificada a nossa fé. Esse fundamento são próprio Jesus (cf. 1Cor 3,11) e os apóstolos. Essa fé tem reunido os homens de todos os tempos, como “santos e membros da família de Deus” (Ef 2,19), que é a Igreja Una, Santa e Católica.
O Santo Evangelho (Jo 20,24-29) nos relata a falta de fé de Tomé, que, mesmo fazendo parte do grupo do Mestre, não acreditou que Ele tivesse aparecido aos outros apóstolos. Assim. Tomé duvida, exige provas. Essa dúvida também é a nossa dúvida. Essas provas também nós as exigimos. Mas quando o Senhor apareceu aos onze novamente, diante do corpo chagado e machucado de Jesus, Tomé faz a sua grande profissão de fé no Cristo ressuscitado, reconhecendo-o como Senhor e Deus: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28). Essa é a fé pascal da Igreja! Porém, a advertência do Mestre doeu no seu coração de discípulo: “Porque viste, creste. Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20,29) – como é possível exigir provas de tão infinito e fidedigno amor? Ter fé é justamente acreditar, é pular no escuro, é nada sentir, é nada ver, mas somente acreditar.
Na celebração da festa desse santo apóstolo, somos convidados a erguer a construção da nossa vida e da nossa fé em “Cristo Jesus a pedra angular” (Ef 2,20). Somos convidados a acreditar no Senhor sem exigir provas, porque aquela dúvida de São Tomé não somente curou a sua falta de fé, mas também curou a nossa, como nos diz São Gregório Magno, numa de suas homilias: “A clemência do alto agiu de modo admirável a fim de que, ao apalpar as chagas do corpo do mestre, aquele discípulo que duvidara curasse as chagas da nossa falta de fé” (Liturgia das Horas Vol. III, 3 de Julho, Ofício das Leituras da Festa de São Tomé, Apóstolo).

Um comentário:

  1. Ter fé é justamente acreditar, é pular no escuro, é nada sentir, é nada ver, mas somente acreditar...

    Gostei da definição de fé, mas no que toca a parte "é nada sentir", não concordo.

    Seria nossa fé totalmente desprovido de qualquer forma de sentimento? Se na fé não sentíssemos nada seríamos capazes de crer somente pelo crer? Não despertaria a fé em nós amor e esperança?

    E foi dito: "sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência".

    E a experiência pessoal com Cristo na fé, não nos tornaria apaixonados por ele?

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