
Não penseis que eu vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento (Mt 5,17). Essa afirmação de Jesus no evangelho de Mateus ajuda-nos a compreender aquilo que se encontra nesse outro trecho do mesmo evangelho que a liturgia desse 30º domingo nos propõe.
Jesus, diante da pergunta de qual o maior mandamento, apresenta o amor a Deus e, em seguida, o amor ao próximo, como aqueles mandamentos do quais dependem toda a lei e os profetas (v.40).
Toda a lei e os profetas, portanto, resumem-se na decisão do coração humano em amar a Deus. Coração na Sagrada Escritura (leb) é o lugar das grandes decisões. A proposta do mandamento, propondo o amor a Deus implica na decisão por parte do homem em orientar toda a sua vida segundo o próprio Deus. Amar a Deus não se trata de um sentimento. Amar a Deus é uma atitude concreta de viver segundo o coração do próprio Deus. Nessa decisão está a raiz da “humanização” dos homens.
É do amor a Deus que se segue as demais prescrições indicadas pela perícope do livro do Êxodo (22,20-26) presente também na liturgia desse domingo. Quem ama a Deus, ver tudo a partir de sua ótica. A referência para a compreensão da realidade é própria relação pessoal de amor para com Deus. O amor ao próximo também é conseqüência dessa relação: ama-se o próximo em Deus e por causa de Deus.
No entanto, as palavras de Jesus no evangelho desse domingo não manifestam aquela plenitude para a qual Ele veio levar a lei. Em Jo 13,34 encontramos o corolário do mandamento do amor: Dou-vos um mandamento novo: que vos amei uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros. O paradigma para nós do cumprimento do mandamento do amor a Deus e ao próximo é o próprio Jesus. Ama de verdade quem é capaz de se esvaziar em favor dos outros, até doar tudo, doar a própria vida.
Porém, há de se convir que o amor a Deus e ao próximo da forma proposta nos moldes de Jesus parece algo impossível.
Na IV prece eucarística da liturgia romana rezamos: E, afim de não mais vivermos para nós, mas para ele – Jesus -, que por nós morreu e ressuscitou, enviou de vós, ó Pai, o Espírito Santo, como primeiro dom ao vossos fiéis para santificar todas as coisas, levando à plenitude a sua obra. Nós, cristãos, vivemos, porque a pessoa-dom, Espírito de Cristo foi derramado em nossos corações. Nele, como Cristo, vivemos e amamos a Deus e ao próximo. Por isso é possível amar a Deus, pois é o Espírito de Cristo que ama em nós.
O mandamento do amor a Deus e ao próximo continua em vigor para nós cristãos, mas esse mandamento tornou-se pelo Cristo Ressuscitado um dinamismo vivificado pelo Espírito Santo, tornando a nossa vida pessoal e eclesial uma realidade que se torna imitação do Senhor, como a comunidade de Tessalônica (cf. 1Ts 1,6).
Somente voltando-se para Deus com todo o coração, abrindo-nos ao seu Espírito, abandonando os falsos deuses que lá habitam, amaremos. Amar é uma tarefa difícil, compromete-nos e exige fidelidade a Deus e ao próximo. Mas basta-nos a graça do Seu Espírito e seremos ricos, ricos de muito amor. Amém.
Jesus, diante da pergunta de qual o maior mandamento, apresenta o amor a Deus e, em seguida, o amor ao próximo, como aqueles mandamentos do quais dependem toda a lei e os profetas (v.40).
Toda a lei e os profetas, portanto, resumem-se na decisão do coração humano em amar a Deus. Coração na Sagrada Escritura (leb) é o lugar das grandes decisões. A proposta do mandamento, propondo o amor a Deus implica na decisão por parte do homem em orientar toda a sua vida segundo o próprio Deus. Amar a Deus não se trata de um sentimento. Amar a Deus é uma atitude concreta de viver segundo o coração do próprio Deus. Nessa decisão está a raiz da “humanização” dos homens.
É do amor a Deus que se segue as demais prescrições indicadas pela perícope do livro do Êxodo (22,20-26) presente também na liturgia desse domingo. Quem ama a Deus, ver tudo a partir de sua ótica. A referência para a compreensão da realidade é própria relação pessoal de amor para com Deus. O amor ao próximo também é conseqüência dessa relação: ama-se o próximo em Deus e por causa de Deus.
No entanto, as palavras de Jesus no evangelho desse domingo não manifestam aquela plenitude para a qual Ele veio levar a lei. Em Jo 13,34 encontramos o corolário do mandamento do amor: Dou-vos um mandamento novo: que vos amei uns aos outros. Como eu vos amei, amai-vos uns aos outros. O paradigma para nós do cumprimento do mandamento do amor a Deus e ao próximo é o próprio Jesus. Ama de verdade quem é capaz de se esvaziar em favor dos outros, até doar tudo, doar a própria vida.
Porém, há de se convir que o amor a Deus e ao próximo da forma proposta nos moldes de Jesus parece algo impossível.
Na IV prece eucarística da liturgia romana rezamos: E, afim de não mais vivermos para nós, mas para ele – Jesus -, que por nós morreu e ressuscitou, enviou de vós, ó Pai, o Espírito Santo, como primeiro dom ao vossos fiéis para santificar todas as coisas, levando à plenitude a sua obra. Nós, cristãos, vivemos, porque a pessoa-dom, Espírito de Cristo foi derramado em nossos corações. Nele, como Cristo, vivemos e amamos a Deus e ao próximo. Por isso é possível amar a Deus, pois é o Espírito de Cristo que ama em nós.
O mandamento do amor a Deus e ao próximo continua em vigor para nós cristãos, mas esse mandamento tornou-se pelo Cristo Ressuscitado um dinamismo vivificado pelo Espírito Santo, tornando a nossa vida pessoal e eclesial uma realidade que se torna imitação do Senhor, como a comunidade de Tessalônica (cf. 1Ts 1,6).
Somente voltando-se para Deus com todo o coração, abrindo-nos ao seu Espírito, abandonando os falsos deuses que lá habitam, amaremos. Amar é uma tarefa difícil, compromete-nos e exige fidelidade a Deus e ao próximo. Mas basta-nos a graça do Seu Espírito e seremos ricos, ricos de muito amor. Amém.
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