Do Tratado sobre a oração do Senhor, de São Cipriano, bispo e mártir
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Antes do mais, o Doutor da paz e Mestre da unidade não quis que cada um orasse sozinho e em particular, como rezando para si só. De fato, não dizemos: Meu Pai que estais nos céus; nem: Meu pão dai-me hoje. Do mesmo modo não se pede só para si o perdão da dívida de cada um ou que não caia em tentação e seja livre do mal, rogando cada um para si. Nossa oração é pública e universal e quando oramos não o fazemos para um só, mas para o povo todo, já que todo o povo forma uma só coisa.
O Deus da paz e Mestre da concórdia, que ensinou a unidade, quis que assim orássemos, um por todos, como ele em si mesmo carregou a todos.
Os três jovens, lançados na fornalha ardente, observaram esta lei da oração, harmoniosos na prece e concordes pela união dos espíritos. A firmeza da Sagrada Escritura o declara e, narrando de que maneira eles oravam, apresenta-os como exemplo a ser imitado em nossas preces, a fim de nos tornarmos semelhantes a eles. Então, diz ela, os três jovens, como por uma só boca, cantavam um hino e bendiziam a Deus. Falavam como se tivessem uma só boca e Cristo ainda não lhes havia ensinado a orar.
Por isto a palavra foi favorável e eficaz para os orantes. De fato, a oração pacífica, simples e espiritual, mereceu a graça do Senhor. Do mesmo modo vemos orar os apóstolos e os discípulos, depois da ascensão do Senhor. Eram perseverantes, todos unânimes na oração com as mulheres a Maria, a mãe de Jesus, e seus irmãos (At 1,14). Perseveravam unânimes na oração, manifestando tanto pela persistência como pela concórdia de sua oração, que Deus que os faz habitar unânimes na casa, só admite na eterna e divina casa daqueles cuja oração é unânime. De alcance prodigioso, irmãos diletíssimos, são os mistérios da oração dominical! Mistérios numerosos, profundos, enfeixados em poucas palavras, porém, ricas em força espiritual, encerrando tudo o que nos importa alcançar!
Rezai assim, diz ele: Pai nosso, que estais nos céus.
O homem novo, renascido e, por graça, restituído a seu Deus, diz, em primeiro lugar, Pai!, porque já começou a ser filho. Veio ao que era seu e os seus não o receberam. A todos aqueles que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aqueles que crêem em seu nome. Quem, portanto, crê em seu nome e se fez filho de Deus, deve começar por aqui, isto é, por dar graças e por confessar-se filho de Deus ao declarar ser Deus o seu Pai nos céus. Indica também, por suas primeiras palavras da vida nova, que renunciou ao pai terreno e carnal, que reconhece o Pai que principiou a ter no céu. Pois está escrito: Quem diz a seu pai e a sua mãe, não os conheço, e a seus filhos, não sei quem sois, este guardou os teus preceitos e conservou o teu testamento (Dt 33,9). Também o Senhor ensinou que não devemos chamar a ninguém pai, na terra, porque só existe para nós um Pai que está nos céus. E respondeu ao discípulo que fizera menção do pai falecido: Deixa aos mortos que sepultem os seus mortos (Mt 8,22). Ele havia dito que o seu pai estava morto, contudo o Pai dos crentes vive.
O Deus da paz e Mestre da concórdia, que ensinou a unidade, quis que assim orássemos, um por todos, como ele em si mesmo carregou a todos.
Os três jovens, lançados na fornalha ardente, observaram esta lei da oração, harmoniosos na prece e concordes pela união dos espíritos. A firmeza da Sagrada Escritura o declara e, narrando de que maneira eles oravam, apresenta-os como exemplo a ser imitado em nossas preces, a fim de nos tornarmos semelhantes a eles. Então, diz ela, os três jovens, como por uma só boca, cantavam um hino e bendiziam a Deus. Falavam como se tivessem uma só boca e Cristo ainda não lhes havia ensinado a orar.
Por isto a palavra foi favorável e eficaz para os orantes. De fato, a oração pacífica, simples e espiritual, mereceu a graça do Senhor. Do mesmo modo vemos orar os apóstolos e os discípulos, depois da ascensão do Senhor. Eram perseverantes, todos unânimes na oração com as mulheres a Maria, a mãe de Jesus, e seus irmãos (At 1,14). Perseveravam unânimes na oração, manifestando tanto pela persistência como pela concórdia de sua oração, que Deus que os faz habitar unânimes na casa, só admite na eterna e divina casa daqueles cuja oração é unânime. De alcance prodigioso, irmãos diletíssimos, são os mistérios da oração dominical! Mistérios numerosos, profundos, enfeixados em poucas palavras, porém, ricas em força espiritual, encerrando tudo o que nos importa alcançar!
Rezai assim, diz ele: Pai nosso, que estais nos céus.
O homem novo, renascido e, por graça, restituído a seu Deus, diz, em primeiro lugar, Pai!, porque já começou a ser filho. Veio ao que era seu e os seus não o receberam. A todos aqueles que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aqueles que crêem em seu nome. Quem, portanto, crê em seu nome e se fez filho de Deus, deve começar por aqui, isto é, por dar graças e por confessar-se filho de Deus ao declarar ser Deus o seu Pai nos céus. Indica também, por suas primeiras palavras da vida nova, que renunciou ao pai terreno e carnal, que reconhece o Pai que principiou a ter no céu. Pois está escrito: Quem diz a seu pai e a sua mãe, não os conheço, e a seus filhos, não sei quem sois, este guardou os teus preceitos e conservou o teu testamento (Dt 33,9). Também o Senhor ensinou que não devemos chamar a ninguém pai, na terra, porque só existe para nós um Pai que está nos céus. E respondeu ao discípulo que fizera menção do pai falecido: Deixa aos mortos que sepultem os seus mortos (Mt 8,22). Ele havia dito que o seu pai estava morto, contudo o Pai dos crentes vive.
Henrique, poste algo acerca da história da igreja, por favor. Mas precisamente sobre a importancia dela para a civilização ocidental no que tange a ética e o respeito ao próximo. Poderia ser um série de artigos, desde a origem até a contemporaneidade. Sei que é tarefa árdua e complicada, mas basta um síntese seria ótimo. Obrigado meu irmão. Hj passei a tarde toda ouvindo o cd do Olavo que vc me presenteou, e nas vésperas rezei por todos, e por ti em especial, persevere na vocação e que Nossa Senhora te proteja.
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