segunda-feira, 15 de junho de 2009

Virgem Maria: luz que vem de Cristo

Existiria, pois, olhos incapazes de enxergar a beleza de uma lua cheia? Seria, a luz que ela resplandece, insuficiente a ponto de termos, ainda, o olhar fechado ao seu brilho? A lua, quando cheia, resplandece uma admirável luz que ilumina toda a treva da noite e a torna quase dia. Assim, a noite que era escura se torna clara. Eis, o bem de uma lua cheia: iluminar a noite para que não andemos por caminhos tortuosos e, caso andemos, não caiamos! No entanto, ao brilho de tal luz, temos plena certeza de que essa mesma luz, não é intrínseca à lua, mas que provém de algo maior que ela, do sol. Dessa forma, a lua é um astro que não possui luz própria. E isso já nos foi provado. Afinal, resplandecer não significaria refletir o brilho de algo? Mas, mesmo não tendo luz própria, ela continua a iluminar e em nenhum momento deixa de ser astro. É do sol que ela recebe toda luz e simultaneamente a reflete; e a luz que ela nos dá é, verdadeiramente, a mesma que ela recebeu. E na noite escura o brilho da luz do sol não chega até nós sem antes iluminá-la primeiramente para que assim ela também, com a luz que ela mesma recebeu do sol nos ilumine a nós. Bendita seja a lua, que mesmo na noite, não nos deixa no escuro, mas nos traz a luz do sol! Isso porque do sol, ela se veste.
E, para nós cristãos, a imagem da lua não nos lembraria a Virgem Maria, Mãe de Deus? Verdadeiramente, por analogia, podemos afirmar que a lua é imagem de Nossa Senhora. Mas, em que sentido? Da mesma forma que a lua recebe toda a luz do sol e a resplandece, a Virgem Maria recebe e resplandece a luz do verdadeiro Sol cuja luz nunca se apaga. E esse Sol é próprio Cristo. A luz de Maria é a luz de Cristo que ela mesma resplandece porque a recebeu Dele pele Espírito Santo de Deus. E nos é dito: “apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida de sol” (Ap 12,1). No mais, não seria Mãe de Deus, nos trazendo a luz de Cristo, aquela que ilumina os caminhos de nossas vidas, a fim de não nos dispersemos. Verdadeiramente, por analogia, lua é a imagem de Virgem Maria, Mãe de Deus.
E se Maria recebeu a luz de Cristo e a resplandece, acorramos, pois, a ela a fim de que sejamos também iluminados e tragamos em nós, também, a luz que ela traz, para que assim, a exemplo dela, possamos resplandecer essa maravilhosa luz de um sol sem ocaso: A luz que vem e que é o próprio Cristo. Dessa forma, se cumprirá o que outrora proferira o profeta: “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Is 9,1). E nós que temos fé somo este povo e, porque temos fé, vemos essa grande luz.

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