Da Encíclica Ecclesia de Eucharistia,
do Bem-Aventurado João Paulo II, papa (n.52)
(...) Sinto o dever de fazer um veemente apelo para
que as normas litúrgicas sejam observadas, com grande fidelidade, na celebração
eucarística. Constituem uma expressão concreta da autêntica eclesialidade da
Eucaristia; tal é o seu sentido mais profundo. A liturgia nunca é propriedade
privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade onde são celebrados os
santos mistérios. O apóstolo Paulo teve de dirigir palavras ásperas à
comunidade de Corinto pelas falhas graves na sua celebração eucarística, que
tinham dado origem a divisões (skísmata) e à formação de facções ('airéseis)
(cf. 1 Cor 11, 17-34). Atualmente também deveria ser redescoberta e
valorizada a obediência às normas litúrgicas como reflexo e testemunho da
Igreja, una e universal, que se torna presente em cada celebração da
Eucaristia. O sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas
litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso
mas expressivo o seu amor à Igreja. (...) A ninguém é permitido aviltar este
mistério que está confiado às nossas mãos: é demasiado grande para que alguém
possa permitir-se de tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando o seu caráter
sagrado nem a sua dimensão universal.
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