quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Meditações em um retiro 1

Acabando o retiro anual de Carnaval, ofereço-vos uma série de meditçoes sobre trechos da Escritura que foram inspiradas pelo pregador do Retiro, Padre José Augusto, e também pelo Espírito Santo.

“Passado muito tempo, morreu o rei do Egito. Os israelitas continuavam gemendo e clamando sob dura escravidão, e, do meio da escravidão, seu grito de socorro subiu até Deus. 24 Deus ouviu os seus lamentos e lembrou-se da aliança com Abraão, Isaac e Jacó. 25 Deus olhou para os israelitas e tomou conhecimento” (Ex 2,23-25)
O Deus de Israel não fica alheio aos sofrimentos de seu povo. Que imagem tempos de Deus, afinal? Deus não é indiferente ao destino do homem, não é o Relojoeiro dos teístas que, uma vez tendo dado corda no relógio do mundo, o abandona ao seu próprio tique-taque, sem intervir. Não! Deus é Providente, é Aquele que vê para frente e provê e não deixa faltar nada às criaturas que Ele ama, que fez à sua imagem e segundo à sua semelhança, que libertou, cuidou, ensinou, formou, remiu, salvou, transfigurou, divinizou. Deus ouve os gritos de socorro dos infelizes deste mundo, dos infelizes de cada época, de todas as épocas, assim como ouviu o grito dos hebreus no Egito. Ele ouve seus lamentos e lembra-se da Aliança; e, se o fez com os hebreus escravos, objeto da Aliança primeira com Abraão, nosso Pai, muito mais estará atento para libertar os gemidos dos que Ele redimiu com o precioso sangue de Seu Filho, sangue da Nova, Eterna e Perfeitíssima Aliança. Deus, portanto, ainda hoje, olha para nós e toma conhecimento de nossas dores, sofrimentos, angústias e fadigas, de nossas lutas e quedas, de nossa boa vontade e nosso esforço. Ele olha para tudo com olhar paternal e misericordioso e conta os tempos para intervir no momento oportuno.

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